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terça-feira, 18 de junho de 2013


Nota sobre as manifestações do “Movimento passe livre”

Por Padre Cristóvão
Via:  http://fratresinunum.com

Vendo a vibração de certos católicos ditos conservadores com as manifestações organizadas pelo “Movimento passe livre” em São Paulo, que eclodiu em outras tantas por todo o país, penso ser importante alertar para os seguintes aspectos:
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1. O movimento é uma organização geneticamente revolucionária, regida pelos princípios do Fórum Social Mundial (cf. http://mpl.org.br/node/2). Sua organização é anárquica (http://mpl.org.br/node/5, vide “horizontalidade”) e seus esforços se colocam em sintonia com os dos demais movimentos de desintegração social, como o gayzismo, o laicismo beligerante, o etnicismo etc. (cf. http://mpl.org.br/node/1). Embora alegue seu apartidarismo, confessa seu não antipartidarismo. Parece tão ingênuo e impoluto… E o diz propositalmente para parecê-lo. Mas…
O princípio para avaliar uma manifestação de massa é o uso político que dela se faz, que quase sempre não coincide com o motivo declarado explicitamente pelos manifestantes. De modo que, acima de tudo, atente-se que a não dependência partidária explícita não é sinônimo de independência da gerência partidária implícita. Aliás, de onde vem o dinheiro usado pela organização? E o comando para a mobilização das mídias, que acabaram se transformando em meio direto de convocação das hostes?
2. As críticas dirigidas pelos manifestantes ao PT são de que este não é tão comunista como queriam que fosse. Sendo assim, a vitória não é do partido, mas da mentalidade comunista, hegemonicamente presente na cultura popular. Este é o resultado da não oposição ideológica à revolução gramsciana, há décadas invicta em nossa nação.
3. Para quem pensa ser contraditório a esquerda colocar-se contra si mesma, não se esqueça de que a psicologia dialética é essencialmente suicida. Desta forma, na elaboração marxista, o socialismo é apenas uma etapa autodestrutiva para a implantação do comunismo; e aquela, estrategicamente, seria antecedida eventualmente por outras etapas, de igual modo autoaniquilatórias. Portanto, o PT é consciente de ser apenas uma etapa a ser superada naquele horizonte; e isto não é acidental, é totalmente programado para ser assim.
4. Historicamente, o movimento revolucionário sempre trabalhou:
a) com uma dinâmica contraditória, para espalhar confusão e dissolução na sociedade;
b) com a matização dos mesmos preceitos em modelos diferentes de radicalidade, para fugirem da acusação de extremismo, enquanto falsamente se encaminham para a execução dos mesmos objetivos;
c) com a implantação do vitimismo e da revolta, como elemento aglutinador de forças beligerantes;
d) fazendo com que este laboratório de engenharia social culminasse com a eliminação de alguns de seus opositores (a Igreja ou outras instituições conservadoras). Assim, por exemplo, começaram a revolução francesa e a guerra civil espanhola, todas, na origem, meras manifestações inocentes de vitimismo e, no fim, assassinas e anticlericais.
Adendo.
Em 1936, aconteceu uma aparição de Nossa Senhora no Brasil, em Pernambuco, na cidade de Pesqueira, na vila de Cimbres, num lugarejo denominado Sítio da Guarda. A aparição, pouco conhecida, foi aprovada pela autoridade eclesiástica da época.
Ali, a Virgem disse a duas meninas: “Minhas filhas, virão tempos calamitosos para o Brasil! Dizei a todo o povo que se aproximam três grandes castigos, se não for feita muita penitência e oração”.
O sacerdote, depois, as interrogou durante uma aparição, na qual ele perguntava diretamente à Virgem (em latim e alemão, idiomas ignorados pelas videntes) e Ela respondia às crianças, que lhe transmitiam a resposta:
“- Que significa o sangue que corre das vossas mãos?”
“- O sangue que inundará o Brasil”.
“-Virá o comunismo a penetrar no Brasil?”
“- Sim”.
 “- Os padres e os bispos sofrerão muito?”
 “- Sim.”
“- Será como na Espanha?”
“- Quase”.
“- Quereis que se pregue sobre este assunto?”
“- Sim”.
Tempos depois, a Virgem voltou a aparecer a uma das videntes, dizendo-lhe: “Nunca mais me manifestarei aqui em Guarda e os três castigos não virão JÁ, porque o povo está melhor; mas é necessário ainda rezar muito e fazer penitência”.

Fonte:
http://fratresinunum.com/2013/06/18/nota-sobre-as-manifestacoes-do-movimento-passe-livre/

terça-feira, 11 de junho de 2013


As confidências de Francisco à CLAR: grupos “restauracionistas”, vida religiosa e comunhão, reforma da Cúria


Por http://fratresinunum.com
Religiosos recebidos por Francisco.
                   Religiosos recebidos por Francisco
Na Cúria há gente santa, mas também uma rede de corrupção. Fala-se de ‘lobby gay”, e é verdade, existe”. “Expliquem o que têm de explicar, mas sigam adiante… Abram portas, façam algo aí onde clama a vida”. 
Por  Reflexión y Liberación | Tradução: Fratres in Unum.com Um encontro histórico, sem precedentes. Pelo que se disse, e pelo como se disse. Durante uma hora, Francisco dialogou com franqueza com a diretoria da Confederação Latino-americana e Caribenha de Religiosas e Religiosos (CLAR). Conversaram sentados em círculo, entre iguais, como nas primeiras comunidades fundadas por Jesus… E o Papa foi sincero: falou da corrupção na Cúria romana, onde “há gente santa, mas também uma rede de corrupção, também existe, é verdade… Fala-se do ‘lobby gay’, e é verdade, existe”.
Por sua vez, defendeu a liberdade da vida religiosa — “expliquem o que têm de explicar, mas sigam adiante” –; mostrou sua preocupação por “certos grupos restauracionistas”; e reivindicou o espírito de Aparecida: “Aparecida não acabou. Aparecida não é só um documento. Foi um acontecimento”. Reflexión y Liberación oferece de maneira exclusiva esta breve síntese deste histórico encontro celebrado na Santa Sé.
Audiência com o Papa Francisco
Abram portas… abram portas!
Eles se equivocarão, pisarão na bola, isso passa! Talvez até chegue para vocês uma carta da Congregação para a Doutrina (da Fé) afirmando que disseram tal ou qual coisa… Mas não se preocupem. Expliquem o que tiver que explicar, mas sigam adiante… Abram portas, façam algo ali onde clama a vida. Prefiro uma Igreja que se equivoca por fazer algo do que uma que adoece por ficar fechada…
(sobre sua eleição) Não perdi a paz em momento algum, sabem? E isso não é meu, eu sou de ficar preocupado, nervoso… Mas não perdi a paz em momento algum. Isso me confirma que isso é de Deus.
(ao contar-lhe da esperança que nos trouxeram os seus gestos neste tempo, faz referência a  permanecer vivendo em Santa Marta) … esses gestos… não vieram de mim. Eles não me ocorreram. Não é que eu traçara um plano, nem que me tenham feito um quando me elegeram. Fiz dessa forma porque senti que era o que o Senhor queria. Mas estes gestos não são meus, há Outro aqui… isso me dá confiança.
Vim com a roupa contada, lavava-a de noite, e de repente isso… Sim, eu não tinha nenhuma possibilidade! Nas apostas de Londres eu estava em 44º lugar, vejam vocês, quem apostou em mim ganhou muitíssimo, claro!… Isso não vem de mim…
É preciso virar a mesa. Não é novidade que na Ottaviano [ndr: uma via de Roma] morra um idoso de frio à noite, ou que há tantas crianças sem educação, ou com fome, penso na Argentina… Por outro lado, as principais bolsas do mundo sobem ou descem 3 pontos e isso é um acontecimento mundial. É preciso mudar isso! Não pode ser. Os computadores não foram feitos à imagem e semelhança de Deus; são um instrumento, sim, mas não mais. O dinheiro não é imagem e semelhança de Deus. Só a pessoa é imagem e semelhança de Deus. É preciso mudar isso. Esse é o evangelho.
É necessário ir às causas, às raízes. O aborto é mal, mas isso está claro. Porém, o que está por trás da aprovação dessa lei, que interesses estão detrás? São as vezes as condições que colocam os grandes grupos para apoiar financeiramente, sabiam? É necessário ir às causas, não podemos ficar só nos sintomas. Não tenham medo de denunciar…. Vocês sofrerão, terão problemas, mas não tenham medo de denunciar, essa é a profecia da vida religiosa…
Partilho com vocês duas preocupações. Uma é a corrente pelagiana que existe na Igreja neste momento. Há alguns grupos restauracionistas. Conheço alguns; coube a mim recebê-los em Buenos Aires. E nos sentimos como se tivéssemos voltado 60 anos atrás! Antes do Concílio… Sentimo-nos em 1940… Um relato, só para ilustrar esse grupo, não é para que riam disso, eu tive respeito, mas preocupa-me; quando eu fui eleito, recebi uma carta de um desses grupos, e eles disseram: “Sua Santidade, nós lhe oferecemos este tesouro espiritual: 3.525 rosários.” Por que eles não dizem: “nós rezamos pelo senhor, pedimos…”? Mas essa coisa de contar… E esses grupos voltam a práticas e disciplinas que eu experimentei – não vocês, porque vocês não são velhos – a disciplinas, a coisas que naquele momento aconteceram, mas não agora, elas não existem hoje em dia…
A segunda [preocupação] é com a corrente gnóstica. Esses panteísmos… Ambas são correntes elitistas, mas esta é de uma elite mais educada… Ouvi falar de uma superiora geral que instou as irmãs de sua congregação a não rezarem de manhã, mas a banharem o cosmos espiritualmente no cosmos, coisas como essa… Elas me preocupam porque ignoram a encarnação! E o Filho de Deus se tornou a nossa carne, a Palavra encarnada, e na América Latina temos carne em abundância [de tirar al techo]! O que acontece aos pobres, suas dores, é a nossa carne…
O evangelho não é a regra antiga, nem tampouco este panteísmo. Se olharem para as periferias: os indigentes… os drogados! O modo de tratar as pessoas… Esse é o evangelho. Os pobres são o evangelho.
* (ao falar-lhe da difícil tarefa de cuidar da Cúria Romana, e da comissão de cardeais que lhe darão apoio, etc.) E, sim… é díficil. Na cúria há gente santa, de verdade, há gente santa. Mas também há uma rede de corrupção, também há, é verdade… Fala-se do ‘lobby gay’, e é verdade, existe… Vamos ver o que podemos fazer…
A reforma da Cúria romana é algo que pedimos quase todos os cardeais nas congregações anteriores ao Conclave. Eu também a pedi. A reforma não posso fazer eu, estes assuntos de gestão… Eu sou muito desorganizado, nunca fui bom nisso. Mas os cardeais da comissão a levarão adiante. Aí estão Rodríguez Maradiaga, que é latino-americano, que está na dianteira, está Errázuriz, são muito organizados. O de Munique também é muito organizado. Eles levarão isso adiante.
Rezem por mim, para que me equivoque o menos possível…
Aparecida não terminou. Aparecida não é só um documento. Foi um acontecimento. Aparecida foi algo distinto. Primeiro, porque não teve documento de trabalho. Teve contribuições, mas não um documento. E, ao fim, também não tinha um documento, sim, no dia anterior ao fim [da Conferência] tínhamos 2300 “maneiras”… Aparecida enviou à missão continental. Aì termina Aparecida, no impulso à missão.
É que houve de especial em Aparecida é que não se celebrou num hotel, nem numa casa de retiros… celebrou-se num Santuário Mariano. Durante a semana, celebrávamos a eucaristia com umas 250 pessoas, porque era dia útil de trabalho. Mas aos finais de semana estava cheio…! O povo de Deus acompanhava os bispos, pedindo o Espírito Santo…
Eu vi — falo dele porque o vejo pouco amigável, mais dessa forma, é bom, mas é assim — vi o prefeito, João [ndr: Dom João Braz de Aviz, prefeito da congregação para os religiosos], que saía com a sua mitra, e o povo se aproximava, aproximavam-lhe as crianças, e eles saudava, abraçava… Esse mesmo bispo, mais tarde, votava. Não pode ter votado da mesma maneira se estivesse em um hotel!
Tínhamos as salas de reunião em baixo do Santuário. Assim, a música de fundo eram os cantos, as celebrações no Santuário… Isso fez da conferência algo muito especial.
Há algo que me preocupa, embora não saiba como lê-lo. Há congregações religiosas, grupos muito, muito pequenos, umas poucas pessoas, gente idosas…  Não há vocações, o que sei, o Espírito Santo não quer que continuem, talvez já tenham cumprido sua missão na Igreja, não sei… Mas lá estão elas, aferradas a seus edifícios, aferradas ao dinheiro… Eu não sei porque isso ocorre, não sei como ler isso. Mas peço-lhes que se preocupem com esses grupos… A administração do dinheiro… é algo que precisa ser refletido.
Aproveitem este momento que vivemos na Congregação para a Vida Consagrada… É um momento de sol… Aproveitem. O Prefeito é bom. E o secretário, que foi ‘lobbyado’ por vocês! Não, na realidade, sendo o presidente da USG, é lógico que fosse ele! É melhor…
Ponham todo o seu empenho no diálogo com os bispos. Com o CELAM, com as conferências nacionais… Eu sei que há alguns que têm outra idéia da comunhão, mas… Falem, conversem com eles, digam-lhes…

OBS: Os grifos e sublinhados são meus.

sábado, 8 de junho de 2013


Por que o homem ama o pecado e o absurdo??

Via http://catolicidadetradit.blogspot.com.br
Cortes , filósofo do conservadorismo católico.
O espírito humano tem fome de absurdo e de pecado (Donoso Cortés)
(Donoso Cortez - "Obras Completas: Ensaio sobre o Catolicismo" - B.A.C., Madrid, 1946, Tomo 2, p. 377)

Não foi pela beleza de sua doutrina que Nosso Senhor venceu o mundo. Se Ele não fosse senão um homem de belas doutrinas, o mundo O teria admirado por um momento, e pouco depois teria esquecido não só a doutrina, como também o homem. No início, essa doutrina tão admirável foi seguida apenas por gente do povo; os mais distintos dentre os judeus a desprezavam, e durante a vida do Mestre o gênero humano O ignorou.

Não foi por seus milagres que Nosso Senhor Jesus Cristo venceu o mundo. Entre os homens que deram testemunho d’Ele, que com seus próprios olhos O haviam visto transformar as coisas, e lhes mudar a natureza por sua mera vontade, andar sobre as águas, acalmar o mar, amainar os ventos, exercer seu império sobre a vida e sobre a morte, alguns O chamaram Deus, outros demônio, outros, enfim, prestidigitador e mágico.

Não foi porque se cumpriram em sua pessoa as antigas profecias, que Nosso Senhor Jesus Cristo venceu o mundo. A sinagoga, depositária delas, não se converteu; não se converteram os doutores que as conheciam, nem se converteram as multidões, a quem os doutores as tinham ensinado.

Não foi pela verdade que Nosso Senhor Jesus Cristo venceu o mundo. A verdade que o Cristianismo encerra, quanto ao fundo e à essência, estava no Antigo Testamento como está no Novo, porque a verdade não muda: ela é sempre una, eterna, idêntica a si mesma; eternamente presente no seio de Deus, ela foi revelada ao homem, comunicada a seu espírito e depositada na História no próprio momento em que soou no mundo a primeira palavra divina. No entanto, o Antigo Testamento, no que ele tinha de eterno e de essencial, como no que ele tinha de acessório, de local e de contingente, nos seus dogmas como nos seus ritos, permaneceu como apanágio do povo eleito, e jamais transpôs o seu âmbito.

Este mesmo povo deu muitas vezes o espetáculo de grandes prevaricações e de grandes revoltas; nós o vimos perseguir seus profetas, estrangular seus doutores, seguir a trilha dos gentios até a idolatria, fazer pactos abomináveis com os espíritos infernais, entregar-se de corpo e alma a sangrentas e horríveis superstições; e, enfim, no dia em que teve diante de si a Verdade Encarnada, negá-La, maldizê-La e crucificá-La no Calvário.

Naquele momento preciso, quando a Verdade contida nos antigos símbolos, representada pelas antigas figuras, anunciada pelos antigos profetas, atestada pelos prodígios mais assustadores, pelos milagres mais espantosos, era cravada na cruz, estando Ela pessoalmente na Terra, a dar por sua presença a razão mesma de todos esses milagres, de todos esses prodígios, a cumprir todas as palavras proféticas, a mostrar a realidade oculta sob um véu de figuras e de símbolos; naquele momento preciso o erro reinava sobre o mundo, e o havia invadido e coberto todo inteiro com suas sombras, livremente, como que sem obstáculos, com uma rapidez prodigiosa e sem socorro algum de símbolos ou de figuras, de profecias ou de milagres. Terrível lição, memorável ensinamento para aqueles que crêem na força de expansão inerente à verdade e na radical impotência do erro para se estabelecer nesta Terra por sua própria força.

Se Nosso Senhor Jesus Cristo venceu o mundo, Ele o venceu apesar de ser a Verdade, apesar de ser Aquele que os profetas, os símbolos e as figuras anunciaram; Ele o venceu apesar de seus milagres prodigiosos e da incomparável beleza de sua doutrina. Qualquer outra doutrina que não fosse a do Evangelho seria impotente para triunfar com um tal aparato de testemunhos irrecusáveis, de provas irrefutáveis e de argumentos invencíveis. Se o maometanismo conseguiu se propagar como um dilúvio em tantas regiões, na África, na Ásia, na Europa, é porque ele avançava sem todo esse fardo, e porque levava na ponta da sua espada todos os seus milagres, todos os seus argumentos e todos os seus testemunhos.

O homem prevaricador e decaído não é feito para a verdade; nem é a verdade feita para o homem neste estado de prevaricação e de queda. Entre a verdade e a razão humana, desde a prevaricação do homem, Deus colocou uma imperecível repugnância e uma invencível repulsa. A verdade tem em si mesma os títulos de sua soberania, e impõe seu jogo sem pedir permissão; ora, o homem, desde que se revoltou contra Deus, não reconhece senão sua própria soberania, e não quer admitir qualquer outra a não ser que ela solicite previamente seu sufrágio e seu consentimento. Eis porque, quando a verdade se lhe apresenta, seu primeiro movimento é negá-la; negando-a, ele afirma sua soberana independência. Se negá-la lhe é impossível, ele entra em luta com ela; combatendo-a, ele combate por sua soberania. Vencedor, ele a crucifica; vencido, ele foge; fugindo, ele imagina escapar de sua servidão; crucificando-a, ele acredita crucificar seu tirano.

Ao contrário, entre a razão humana e o absurdo existe uma afinidade secreta e um estreito parentesco. O pecado os uniu pelo vínculo de um indissolúvel desponsório. O absurdo triunfa no homem precisamente porque é destituído de qualquer direito anterior e superior à razão humana. Não tendo direitos a alegar, não pode ter pretensões, e eis por que o homem, em seu orgulho, não encontra nenhum motivo para o repudiar. Longe disso, o orgulho o leva a acolhê-lo; o absurdo, sua vontade o aceita, porque é engendrado por sua própria inteligência, a qual, por sua vez, se compraz nele, isto é, no seu próprio filho, no seu próprio verbo, testemunho vivo de seu poder criador. Criar é próprio da Divindade; criando o absurdo, o homem como que se torna Deus, e confere a si mesmo honras divinas. Contanto que ele seja Deus, que ele aja como Deus, que lhe importa o resto? Que importa a existência de um Deus da Verdade, se ele é, ele próprio, o Deus do absurdo? Não será ele, desde então, independente como Deus? Soberano como Deus? Adorando a obra de sua criação, glorificando-a, é a si mesmo que ele glorifica e adora.

Quem aspira subjugar os homens, dominar as nações, exercer algum império sobre a raça humana, não se anuncie como arauto de verdades manifestas e evidentes; e sobretudo quem possuir provas certas e inconcussas, abstenha-se de mostrá-las; jamais o mundo os reconheceria como mestres. A limpidez da evidência, longe de o persuadir, o revolta; é um jugo que ele não quer suportar. Há um caminho melhor: anunciar que se tem um argumento que põe por terra tal ou tal verdade matemática, pelo qual se demonstra que dois e dois não é igual a quatro, mas a cinco; que Deus não existe ou que o homem é Deus; que o mundo até agora viveu sob o império das mais vergonhosas superstições; que a sabedoria dos séculos não passa de mera ignorância; que toda revelação é uma impostura; que todo governo é uma tirania e toda obediência uma servidão; que o belo é feio, e o feio é a suprema beleza; que o mal é o bem, e o bem é o mal; que o demônio é Deus, e Deus o demônio; que depois desta vida não existe Céu nem inferno; que o mundo em que vivemos sempre foi e continua a ser um inferno verdadeiro, mas que o homem pode transformá-lo e o transformará, dentro em breve, num verdadeiro paraíso; que a liberdade, a igualdade e a fraternidade são dogmas incompatíveis com a superstição cristã; que o roubo é um direito imprescritível, e a propriedade é um roubo; que só existe ordem na "an-arquia", e que a verdadeira anarquia é a ordem, etc.

Prometei implantar essas contraverdades ou outras que tais, e podereis estar certos de que com esta simples promessa o mundo, tomado de admiração, fascinado por vossa ciência e penetrado de respeito por vossa sabedoria, prestará a vossas palavras ouvidos atentos.

Ide então mais longe. Tendo dado sobejas provas de bom senso ao anunciar a demonstração destas belas coisas, mostrai que desse bom senso ainda vos resta muito, abstendo-vos sempre de toda e qualquer demonstração. Como única prova de vossas afirmações e blasfêmias, repeti essas mesmas afirmações e essas mesmas blasfêmias; o mundo, não duvideis, vos levará às nuvens. Se quiserdes atingir o máximo nesta arte e tornar vosso triunfo ainda mais brilhante, fazei alardear a sinceridade que vos caracteriza, a qual vai ao ponto de apresentar a verdade nua, sem este aparelho vão de provas e argumentos, de testemunhos históricos, de prodígios e de milagres, pelo qual ordinariamente se procura enganar os homens. Nada persuadirá melhor do que vossa fé, que repousa apenas no poderio da "verdade", e de que não contais senão com ela mesma para garantir seu triunfo. Isto feito, apontai tudo aquilo que não seja vós, perguntai onde estão e quais são os vossos inimigos, e o mundo, de uma só voz, admirará e celebrará vossa magnanimidade, vossa grandeza e o brilho de vossos triunfos; ele vos proclamará digno de todo o respeito e de toda a felicidade; enfim, ele vos glorificará.

Eu não sei se existe sob o sol algo de mais vil e de mais desprezível do que o gênero humano fora das veredas católicas.

No mais fundo deste abismo, nos extremos da degradação e do aviltamento, estão as multidões desviadas pelos artífices da impiedade e curvadas sob o jugo de mestres opressores; vêm em seguida os falsos doutores que as seduziram. Examinando bem os fatos, o tirano é ainda menos degradado, menos vil, menos desprezível do que esses sofistas e essas multidões, que vão para onde ele as impele aos golpes de seu chicote sangrento; pois é em proveito da tirania que o erro trabalha, e ele conduziu sempre os povos à servidão. Os primeiros idólatras só escaparam da mão de Deus para cair nas mãos dos tiranos de Babilônia.

O paganismo antigo não fez outra coisa senão rolar de abismo em abismo, de sofista em sofista, de tirano em tirano, e para se tornar, enfim, escravo de Calígula, monstro de formas humanas, horrível, imundo, juntando aos paroxismos da loucura os apetites da besta. Quanto ao paganismo moderno, ele começou por se adorar a si mesmo na pessoa de uma prostituta, e acabou por se prostrar aos pés de Marat, o tirano cínico e sanguinário, aos pés de Robespierre, a encarnação suprema da vaidade humana e de todos os seus instintos ferozes e inexoráveis. Eis que surge um novo paganismo; ele cairá num abismo ainda mais profundo e mais obscuro; e é possível que já agora, nas cloacas onde jaz a borra da sociedade, esteja em germinação o monstro que lhe curvará a fronte; imporá sobre ele um jugo superior a tudo o que no passado se viu, quanto ao peso e à ignomínia.

Fonte: http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/2013/06/por-que-o-homem-ama-o-pecado-e-o-absurdo.html

quarta-feira, 5 de junho de 2013


Daniela Mercury patrocinada pelo governo para exibir seu lesbianismo

Por: 
http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/

A pútrida e infame cantora - diga-se de passagem sem talento algum - Daniela Mercury virou a nova queridinha do "Brasil" pornógrafo e imoral ao anunciar que estava assumindo seu lesbianismo e seu relacionamento com uma mulher.

De repente a cantora que andava em baixa recuperou o prestígio , começou a aparecer em capa de revista , redes de tv , programas em horário nobre.

Será que tudo isso foi por acaso ? 

Cremos que não. O caso Mercury vem a tona justamente quando se trava um batalha no Congresso Nacional referente a permanência do Deputado Federal , Pastor Marcos Feliciano , como presidente da comissão de direitos humanos.

 Mercury certamente foi capitaneada pela esquerda para fazer um lobby no país se valendo de seu prestígio em favor de um sensibilização geral da população para a causa LGBT.

A também cantora Ana Carolina, depois de um longo período homossexual, está em um relacionamento com um homem. Vocês viram alguma vez, alguma televisão entrevistá-la para falar de sua “luta para assumir-se HETEROSSEXUAL"?  

A mídia está em um verdadeiro conluio com a esquerda petista - socialista para impor a agenda LGBT no Brasil.

Mercury por tudo isso acabou de ser premiada pelo governo.Ela acaba de conseguir autorização do Ministério da Cultura para captar 1,5 milhão de reais para a produção de dez shows acústicos.As apresentações acontecerão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Santa Catarina, Paraná e no Distrito Federal.

Junto com sua "música" vai também a causa LGBT.

E o povo imbecilizado pela política de pão e circo nada vê.

Fonte: http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/2013/06/daniela-mercury-patrocinada-para-exibir.html